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Agentes da polícia francesa fecham o cerco contra os autores do atentado ao Charlie Hebdo
REUTERS/Pascal Rossignol
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A operação foi confirmada agora de manhã pelo ministro francês
do Interior Bernard Cazeneuve. Ela acontece nas proximidades da cidade
de Dammartin-en-Goële, na região de Seine et Marne, a cerca de meia hora do local onde os irmãos Kouachi estavam sendo procurados desde ontem, depois da fuga nesta quarta-feira.
Os suspeitos estariam entrincheirados e há pelo menos um refém. Cinco
helicópteros estão sobrevoando a zona industrial perto da cidade, cujo
acesso foi fechado pela polícia. Dezenas de policiais estão presentes no
local. Uma barragem também foi colocada na entrada da estrada A2, que
dá acesso ao complexo industrial.
As buscas se concentram em uma extensa região no norte da França,
onde Chérif Kouachi, de 34 anos e seu irmão Said, de 32, teriam se
refugiado. Eles foram identificados durante uma parada em um posto de
gasolina a 80 quilômetros a nordeste de Paris. Imagens de uma câmera de
vídeo gravadas quando eles roubavam mantimentos mostram os rostos dos
suspeitos, armados de uma kalachnikov e de um fuzil. Eles ainda têm um
lança-foguetes dentro do carro.
Durante a fuga, eles também roubaram um veículo Peugeot 206 em
Montagny Sainte-Felicité de uma mulher que reconheceu os suspeitos. A
operação continuou durante a noite em uma extensa área rural e de
florestas onde foi decretado estado de alerta máximo. Homens de unidades
de elite da polícia fazem as buscas. 88 mil policiais estão mobilizados
nesta caçada. Nove pessoas próximas dos dois suspeitos estão sob
custódia.
Irmãos Kouachi estavam na lista negra do terrorismo nos EUA
Em Washington, uma fonte dos serviços de segurança revelou que os
irmãos Kouachi estão há vários anos em uma lista negra de suspeitos de
terrorismo. Eles são impedidos de pegar voos para entrar ou sair dos
Estados Unidos. Outro responsável americano informou que Said foi
treinado pela Al-Qaeda no Iêmen em 2011 antes de voltar à França. Um dia
depois do luto nacional observado no país, bandeiras continuam a meio
mastro nas repartições públicas.
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