As árvores, meu filho, não têm alma
e essa árvore me serve de empecilho
é preciso cortá-la, pois, meu filho,
para que eu tenha uma velhice calma.
-Meu pai, por que sua ira não se aclama?
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?
Deus pôs almas nos cedros ... no junquilho...
essa árvore, meu pai, possui minh'alma!
-Disse- e ajoelhou-se, numa rogativa:
" não mate a árvore. pai, para que eu viva".
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
caiu aos golpes do machado bronco,
o moço triste se abraçou com o tronco
e nunca mais se levantou da terra!
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