Nosso amor imitou as estações.
Nasceu primaveril, cheio de flores,
enfrentou do inverno os seus rigores,
vendavais, tempestades e trovões.
Primaveras, invernos e verões,
afrontamos, a tudo sem temores, e
em nossos horizontes, promissores,
recriamos carinhos e emoções.
Mas eis que chega ao fim o amor da gente.
E o que resta de trilha, ao abandono,
não enseja, a nós dois, seguir em frente
Já não há primavera, nem verão~
Nossos sonhos, mortalhas de um outono,
são folhas secas, soltas pelo chão.
Ronaldo Cunha Lima, poeta e ex- Governador da Paraíba
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