Para chamar a atenção dos contribuintes para o Dia de Liberdade de Imposto, celebrado nesta quinta-feira (21), a gasolina vai ser vendida a R$ 2,20 no Posto 3000, localizado na Avenida Djalma Batista, R$ 1,39 a menos do preço médio, quando acrescido dos tributos. Serão 5 mil litros que serão comercializados e devem atender 250 veículos. Cada um terá direito a abastecer até 20 litros.
Serão vendidos 5 mil litros do combustível e cada veículo poderá receber até 20 litros
“O objetivo é mostrar para a população o peso dos impostos. O brasileiro trabalha em média 150 dias ao ano para pagar impostos. É mais que um terço do ano”, explicou o coordenador estadual da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Amazonas (CDL/AM – Jovem), Erick Bandeira de Melo.
A ação é organizada pela divisão de jovens empresários . “É um movimento nacional que acontece desde 2007, onde todos os Estados já aderiram. Essa data é simbólica que indica o fim do período que o brasileiro trabalha para pagar os tributos”, disse. No Amazonas, a ação começou em 2011. “Escolhemos a gasolina pelo fato de pesar no orçamento das famílias brasileiras, que compromete em média 20%. E nela têm muitos impostos embutidos”, explicou o coordenador.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Marcus Evangelista, todos os produtos têm a incidência de impostos, o que varia é o valor da taxa. As alíquotas sobre bebidas alcoólicas, cigarros e serviços são as mais pesadas para o consumidor. “O Brasil é um dos países que tem maior carga tributária. E a nossa sociedade paga esse preço. A alta carga de impostos não é culpa do consumidor e sim da gestão”, disse.
Atualmente, a gasolina custa, em média, R$ 2,59 em Manaus. No preço final que chega ao consumidor incidem os impostos federais de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (PIS/Pasep) e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), além do Imposto Estadual sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cuja alíquota é de 25%, e compõe o maior peso.
Melo acredita que se o brasileiro pagasse menos tributos, melhoraria sua qualidade de vida. “Se as pessoas gastarem com menos impostos, teriam mais dinheiro para gastar com que quisesse como lazer e educação”, disse. Segundo Melo, os impostos recolhidos pelo governo seriam para oferecer serviços básicos para a população como saúde e educação. “Mas acaba que o governo oferece esses serviços de forma deficiente e o contribuinte tem que pagar duas vezes pela mesma coisa”, ressaltou.
Fonte: Portal D24
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