Paulo Coelho |
Quando cometemos uma falta contra o nosso
próximo, sempre temos uma desculpa fácil: “eu não tinha esta intenção”,
nem me passou pela cabeça. Porém, quem esquece o próximo, esquece também
que ele é uma manifestação da Divindade.
Ficamos surpresos quando, muitos anos depois, a Vida vem nos cobrar
os momentos em que ferimos “sem querer”. Isto termina acontecendo quando
a misteriosa Roda do Destino gira, e somos atingidos sem motivo, sem
entender por quê. Nestes momentos, culpamos a Deus – o mesmo Deus que
esquecemos na hora de ferir o próximo.
Não vamos ficar nos torturando em culpas passadas: a vida é alegria.
Mas vamos ter o sentido de responsabilidade – se algum dia ferimos sem
querer, vamos agora fazer o bem “sem querer”. Uma coisa compensará a
outra, e o Universo continuará conspirando a nosso favor.
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