Do tédio
Paulo Coelho
Os monges Zens, quando querem meditar, sentam-se diante de uma rocha: “agora vou esperar esta rocha crescer um pouco”, dizem.
Tudo a nossa volta está mudando constantemente. A cada dia que o sol nasce, ilumina um mundo novo. Aquilo que chamamos de rotina, está cheia de novas propostas e oportunidades. Mas, como estamos por demais acostumados com ela, não percebemos que cada dia é diferente do anterior.
Hoje, em algum lugar, um tesouro lhe espera. Pode ser um pequeno sorriso, pode ser uma grande conquista – não importa. A vida é feita de pequenos e grandes milagres. Nada é aborrecido, porque tudo está mudando constantemente.
O tédio não está no mundo, mas na maneira como vemos o mundo. Como dizia o poeta T.S. Eliott: “percorrer muitas estradas/ voltar para casa / e olhar tudo como se fosse pela primeira vez”.
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