A presidente brasileira, Dilma Rousseff, disse no início da manhã desta segunda-feira que o Papa Francisco não pode ficar somente na defesa dos pobres, mas deve respeitar as opções de cada um. Em encontro com o imprensa, ela acrescentou que o Pontífice tem "uma missão a cumprir" e mostrou estar contente pela escolha de um chefe da Igreja Católica que seja latino-americano.
- É uma postura importante (a Igreja para os pobres). É claro que o mundo pede hoje, além disso, que as pessoas sejam compreendidas e que as opções diferenciadas sejam entendidas - disse à imprensa, após uma visita à exposição do pintor italiano Tiziano, na Scuderie Quirinale.
Sobre uma reforma maior na defesa de temas polêmicos da Santa Sé, Dilma não acredita que o novo Papa poderá mudar a Igreja em questões morais, como o aborto ou o casamento homossexual: |
- Não me parece que seja um tipo de Papa que vai defender esse tipo de posição. Não está me parecendo, pelo menos vocês (a imprensa) dizem isso.
A presidente destacou a importância de um Papa argentino para a América Latina.
- Em qualquer hipótese, um Papa latino-americano é uma honra para a América Latina. Acho que é uma afirmação da região.
Questionada sobre o fato de não ter sido eleito um Papa brasileiro, embora - segundo vaticanistas - um dos favoritos tenha sido o cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, ela respondeu:
- Acho essa pergunta um pouco estranha. Ele é latino-americano, ele é latino-americano.
A presidenta assistirá amanhã à missa inaugural de entronização do Papa Francisco. No total, o Vaticano espera receber 150 delegações internacionais, que chegam a Roma para conhecer mais de perto o novo líder da Igreja Católica
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