Um dia após a tragédia que matou 231 pessoas e feriu 129 em Santa Maria (RS), quatro pessoas foram presas: dois sócios da boate Kiss e dois integrantes da banda que se apresentava no momento do incêndio. Três deles - o empresário Elissandro Spohr, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o carregador de instrumentos Luciano Bonilha - haviam saído da cidade, por medo de serem linchados, e foram detidos de manhã.
O outro sócio da boate, Mauro Londero Hoffmann (foto abaixo), se apresentou à polícia à tarde e também foi preso. Spohr estava em Cruz Alta, a 132 km de Santa Maria. Santos e Bonilha foram encontrados em Malta, a 80 km.
Bonilha é acusado de acender o "sputnik", fogo de artifício que solta faíscas brilhantes e deu início ao fogo. À polícia, no entanto, ele não admitiu tê-lo acionado. "O que temos de concreto é que o sinalizador foi usado e as portas não deram vazão à saída das pessoas", disse o delegado Marcelo Arigony.
Segundo ele, a prisão temporária das quatro pessoas contribuirá para a investigação. Os sócios da boate são acusados de não apresentar imagens das câmeras de segurança nem registros do caixa, que poderiam configurar a superlotação na casa - com capacidade para mil pessoas, a polícia estima que a Kiss abrigava 1,5 mil na hora do incêndio.
Já os músicos foram detidos por terem saído da cidade. "Se eles forem os responsáveis, serão punidos. Foram presos para investigação", afirmou.
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