Sucesso na administração de Pernambuco faz político do PSB ter boa visibilidade no País
Guilherme Waltenberg, Agência Estado
A revista britânica "The Economist" traz na edição desta semana um perfil do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, apresentando-o como uma "possível ameaça à reeleição" da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. "Ele (Campos) é formalmente um aliado de Dilma Rousseff, sucessora de Lula na Presidência. Mas é também uma ameaça potencial para a sua reeleição no pleito de 2014", diz a matéria.
Entre as razões apontadas pela revista para a ascensão de Campos, estão o "sucesso" de sua administração no governo de Pernambuco e a "falta de novos quadros" nos dois partidos considerados "os mais importantes do Brasil" pela revista: PT e PSDB. "Enquanto os dois principais partidos que comandaram o Brasil desde 1995 sentem falta de novos quadros, o sucesso de Campos em Pernambuco o torna (no momento) o político de maior visibilidade no País".
Em uma retrospectiva da gestão de Eduardo Campos, a 'The Economist' avalia que a política industrial adotada por ele em seu governo é uma das razões de seu sucesso. "Enquanto o resto do Brasil se preocupa com a desindustrialização, Pernambuco não: desde que Campos tornou-se governador, em 2007, a fatia da indústria na economia do Estado aumentou de 20% para 25%, e vai atingir 30% em 2015, segundo dados do próprio governador", aponta a revista.
"Esse ''boom'' trouxe praticamente o emprego pleno àquele Estado, ao mesmo tempo que também trouxe escassez aguda de mão de obra", diz, complementando que já há projetos para melhorar a educação profissional da população, mas que essa é uma das fragilidades naquele Estado.
A revista afirma ainda que o aumento nos salários recebidos pela população - conquista atribuída ao governador pela revista - auxiliou a chegada de investimento privado em Pernambuco. "A Fiat está prestes a começar o funcionamento de uma fábrica ao lado da principal estrada no norte de Recife. Fábricas de comida, roupas e calçados estão chegando ao interior pobre do Estado", afirma.
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