A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo
Tribunal Federal (STF) para enviar à Justiça do Distrito Federal um inquérito que
investiga se o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e outros três
políticos tentaram maquiar informações bancárias durante a CPI dos Correios,
que investigou, entre outras coisas, o mensalão mineiro.
No documento, a PGR pede que o STF decline da competência
para permanecer com o caso e envie o processo para o Distrito Federal.
O motivo é a decisão do
Supremo do início de maio que restringiu o foro privilegiado de
deputados a senadores aos casos de eventuais crimes cometidos durante e em
função do mandato – o foro privilegiado é o direito que esses parlamentares
tinham de responder a processo somente no STF.
Além de Aécio e Delcídio, também são investigados no
inquérito o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, que era deputado e
atuou na CPI dos Correios, e o ex-vice-governador de Minas Gerais Clésio Soares
de Andrade.
O inquérito foi
aberto em 2016 com base na delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral,
também investigado no caso.
A suspeita inicial era a de que informações teriam sido
omitidas para ocultar a movimentação de recursos financeiros ilícitos entre o
Estado de Minas Gerais e o Banco Rural.
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