De um lado, a família não quer.
De outro, amigos do setor empresarial pressionam Josué Gomes a aceitar o posto
de candidato a vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin. Mesmo depois de ter
sinalizado e dito ao ex-governador paulista que não
disputaria a eleição deste ano, a pressão vinda dos dois lados levou
o empresário a não dar uma resposta oficial sobre o convite.
Nos últimos dias, Josué Gomes,
filho do ex-vice-presidente José Alencar, tem sido procurado por seus amigos do
empresariado com apelos para que ele aceite o convite feito para que seja o
candidato a vice representando os partidos do "Centrão" (DEM, PR, PP,
PRB e Solidariedade).
Nestas conversas, seus amigos
destacam a importância de ele participar do processo eleitoral diante do
momento delicado do país, com necessidade de reformas estruturais para que o
crescimento possa ser retomado de forma sustentável.
A pressão também tem vindo do
próprio Alckmin. Até agora, o tucano tem sempre rebatido os argumentos de Josué
quando ele diz que talvez não acrescente muito eleitoralmente na campanha,
deixando o ex-governador paulista à vontade para escolher outro nome para
compor sua chapa.
Alckmin tem feito até apelos
pessoais, dizendo que pode conversar com a mãe do empresário, dona Mariza Gomes
da Silva, para convencê-la a aceitar que o filho participe da campanha.
Recentemente, ela disse que, "se Deus quiser, o Josué não será
candidato". A mulher do empresário, Cristina, também não gostaria que ele
participasse da eleição.
Nesta quarta-feira (25), o
empresário publicou um artigo no jornal "Folha de S.Paulo" dizendo
que aplaude os partidos que decidiram apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin,
elogia o tucano e diz que "não podemos errar em outubro".
"O perfil de Geraldo Alckmin
não deixa dúvidas. Aplaudo os partidos que tomaram a acertada decisão de apoiar
sua candidatura. Definitivamente, não é hora de apostar em aventuras e
salvadores da pátria", disse Josué no texto.
Dentro do "Centrão",
que se reúne nesta quarta-feira (25), em Brasília, o artigo foi classificado de
importante por representar um manifesto de apoio do empresário à candidatura de
Alckmin, mas não foi entendido como uma posição definitiva dele sobre o convite
para ser candidato a vice.
Segundo um líder do
"Centrão", Josué ainda não vai dar sua resposta oficial nos próximos
dias. A expectativa é que ele se posicione pelo menos até esta quinta-feira
(26), quando os partidos do "Blocão" programaram anunciar
oficialmente a aliança com Geraldo Alckmin.
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