Por Ronaldo Cunha Lima
Teu soneto não fiz. Tentei fazê-lo,
detalhando a nuance, a sutileza
das linhas do teu corpo, com certeza,
faltou-me espaço para tanto zelo.
Às musas mais louçãs eu fiz apelo,
busquei a inspiração da natureza,
mas te vi das flores na beleza,
nem consegui dos céus tanto desvelo.
Um soneto escorreito em seu estilo
prometi-te fazer, sem consegui-lo,
sem cumprir o que tanto te prometo.
Teu soneto não fiz e me adivinhas:
O soneto só tem quatorze linhas.
Não cabe tua beleza num soneto.
Ronaldo Cunha Lima, poeta e ex-governador da Paraíba.
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