O promotor de Marselha Brice Robin anunciou nesta quinta-feira (26) que as investigações apontam para um ato voluntário do copiloto para derrubar o Airbus 320 da Germanwings na última terça-feira (24). O avião caiu com 150 pessoas a bordo nos Alpes franceses.
Em entrevista coletiva, o promotor confirmou a informação de que um dos pilotos deixara a cabine momentos antes da queda, sem conseguir retornar, tendo ficado trancado do lado de fora.
Segundo ele, tudo indica que o copiloto “tomou um ato voluntário” para derrubar o avião, tendo provavelmente apertado um botão para levá-lo ao solo.
“O copiloto queria destruir o avião, não sabemos o motivo”, afirmou Robin.
O piloto foi identificado como Andreas Lubitz, um alemão de 28 anos.
Brice Robin disse ainda que a cabine ficou em “absoluto silêncio” nos últimos 10 minutos antes da queda.
O promotor contou também que é possível ouvir a respiração do copiloto até o momento do impacto, o que mostraria que ele estava vivo na hora do choque com a montanha.
De acordo com reportagem publicada pelo “The New York Times” na noite de quarta (25), os áudios da cabine revelaram a ausência de um dos pilotos nos minutos finais que antecederam a tragédia. Um dos pilotos tentou retornar para o comando do avião, mas foi impedido por quem ficou do lado de dentro.
O promotor de Marselha informou que, provavelmente, os passageiros só perceberam nos momentos finais o que estava ocorrendo. Gritos de passageiros podem ser ouvidos momentos antes da colisão no áudio gravado na caixa-preta.
O investigador disse que, por enquanto, não há elementos que apontam para um ato terrorista.
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