Em mensagem distribuída pelas redes sociais, o cientista político e jornalista Dermi Azevedo informou nesta segunda-feira, 18, a morte de seu filho Carlos Azevedo - que, em janeiro de 1974, ainda com um ano e oito meses, foi torturado pela polícia do regime militar no Deops paulista, sofrendo lesões das quais nunca mais se recuperou.
"Meu coração sangra de dor. Meu filho mais velho, Carlos Alexandre Azevedo, suicidou-se na madrugada de hoje, como uma overdose de medicamentos", escreveu o jornalista em sua página no Facebook. No texto ele recorda os detalhes do episódio que marcou em definitivo a vida do filho - que foi levado com a mãe, Darci, para o Deops, no dia 14 de janeiro de 1974.
Ele já estava preso. "Cacá (como ele chamava a criança) foi levado depois a São Bernardo do Campo, onde, em plena madrugada, os policiais derrubaram a porta (da casa) e o jogaram no chão, tendo machucado a cabeça. Nunca mais se recuperou. Como acontece com os crimes da ditadura de 1964-85, o crime ficou impune. O suicídio é o limite de sua angústia", diz sua mensagem.
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