Um mês após o incêndio na boate Kiss, que custou a vida de 239 pessoas e deixou outras 145 internadas, muitos pais e mães de vítimas da tragédia mantêm intactos os objetos dos filhos, como forma de aplacar a dor da perda. Os primeiros 30 dias da tragédia serão lembrados hoje com uma série de manifestações em Santa Maria.
— Dói na carne. Tenho um mal-estar e uma ânsia que não sei onde me enfiar para diminuir — descreve Leo Becker, gerente de uma revenda de automóveis que perdeu a única filha, Érika.
Assim como ele, o funcionário público Ogier Rosado também chora diariamente a ausência do filho Vinícius, um gigante de 1,99 metro de altura que era a alegria da casa.
— Não deixo de falar nele todo santo dia. Parece que está aqui agora, ou que vai entrar a qualquer momento para almoçar conosco. Às vezes, entro neste quarto e me pergunto por que isso foi acontecer conosco — desabafa Ogier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário