O prefeito de São Paulo, Bruno
Covas (PSDB), sancionou um projeto de lei que proíbe a homenagem a pessoas
condenadas por corrupção e outros crimes com o nome de ruas, praças, vias e
equipamentos públicos da capital, como escolas.
O projeto é de autoria do
vereador Rinaldi Digilio (PRB), aprovado em
segunda votação na Câmara municipal em abril. A sanção foi
publicada no Diário Oficial do município nesta sexta-feira (24) . A lei
anterior citava apenas que, para homenagem, a pessoa deveria ter prestado
“importantes serviços a humanidade, à pátria, à sociedade ou à comunidade”.
Agora, o texto proíbe a
denominação de ruas e logradouros com o nome da pessoa que tenha contra si, ou
contra a empresa que faça parte, condenação pela Justiça Eleitoral, transitada
em julgado ou em 2ª instância, por abuso do poder econômico ou político.
Também não é possível a
denominação de ruas e escolas a quem tenha sido condenado, em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, pelos crimes:
·
Contra a economia popular, a fé pública, a fazenda
pública, a administração pública e o patrimônio público;
·
Contra o patrimônio privado, o sistema financeiro,
o mercado de capitais e os previstos na Lei que regula a falência;
·
Contra o meio ambiente e a saúde pública;
·
De lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
·
De tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo,
tortura, terrorismo e hediondos;
·
De redução à condição análoga à de escravo;
·
Contra a vida e a dignidade sexual;
·
De tráfico de influência e atividade que envolva
exploração sexual;
·
Praticados por organização criminosa, quadrilha ou
bando;
·
E dos oficiais policiais ou militares que forem
declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis.
Em 2016, por meio de decreto, o
prefeito Fernando Haddad (PT) proibiu a denominação de ruas com nomes de
pessoas ligadas a violação de direitos humanos, como pessoas que fizeram parte
do do regime militar, e autorizou a mudança de vias que já levassem nomes
dessas pessoas.
Um dos endereços que teve o nome
alterado foi o Elevado Costa
e Silva, o minhocão, que passou a se chamar João Goulart.
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