O Ministério da Educação (MEC)
desistiu de pedir às
escolas para gravarem alunos durante a execução do Hino
Nacional, segundo a pasta, por questões técnicas de armazenamento e de
segurança. De acordo com o MEC, um novo comunicado começou a ser encaminhado às
escolas na manhã desta quinta-feira (28), com a retirada do pedido.
A carta às escolas foi alvo de
críticas de educadores e juristas e motivou um processo de
apuração pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e uma representação
de parlamentares ao Ministério Público Federal.
Na última terça-feira (26), o
ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, reconheceu que
errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o
Hino Nacional sem a autorização dos pais. O MEC decidiu enviar nova carta às
escolas destacando que a gravação era voluntária, mediante autorização da
pessoa filmada ou de seus pais ou responsáveis.
A primeira carta do MEC também
gerou polêmica porque pedia que fosse lida na escola, antes da execução do
Hino, uma mensagem do ministro contendo as frases "Brasil acima de
tudo" e "Deus acima de todos", que foram o slogan da campanha do
presidente Jair
Bolsonaronas eleições. Na nova versão da carta enviada às escolas, o
slogan foi retirado.
“O slogan de campanha foi um
erro. Já tirei, reconheci, foi um engano, tirei imediatamente. E quanto à
filmagem, só será divulgada com autorização da família”, disse o ministro da
Educação durante audiência no Senado na última terça.
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