O
plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (28), por 43
votos a 8 (e uma abstenção), um pedido de urgência para que a Casa realize uma
sessão extraordinária e coloque em votação a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e impor ao tucano
recolhimento domiciliar noturno.
O
requerimento foi assinado por parte dos líderes partidários e apresentado pelo
líder do PSDB, Paulo Bauer (SC). A sessão deve acontecer na próxima semana.
Alguns parlamentares, caso do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), queriam que o
assunto fosse decidido já nesta quinta.
"Essa
questão, que é fundamental do ponto de vista da República e da democracia, a
liturgia com a Constituição que outros não tiveram. É recomendável que nós
façamos isso hoje. Cada hora, cada minuto são dias de afirmação do processo democrático
e da separação dos poderes", afirmou Renan.
No
entanto, o líder do PSDB e outros senadores avaliaram que a presença de
parlamentares nesta quinta era baixa. Por isso, o assunto não poderia ser
analisado. Às 12h, o painel de votações do Senado registrava a presença de 50
senadores em plenário.
Na
última terça-feira (26) a Primeira Turma do STF decidiu, por 3 votos a 2, afastar Aécio do mandato e impôs que o parlamentar ficasse em casa
no período da noite. O presidente do Senado, Eunício Oliveira
(PMDB-CE), foi notificado da decisão na noite desta quarta
(27).
Antes
da votação do pedido de urgência, Eunício afirmou que atenderia ao pedido de
parlamentares para que a votação ficasse para a próxima semana.
"Não
havendo objeção dos líderes, eu não tenho como tomar outra decisão a não ser
deliberar no sentido de votarmos o requerimento e deixarmos a matéria para a
próxima semana", disse Eunício.
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