terça-feira, 19 de setembro de 2017

Dodge mantém dois auxiliares de Janot na equipe da Lava Jato

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, oficializou nesta terça-feira (19) os nomes dos integrantes do Ministério Público Federal (MPF) que atuarão exclusivamente no grupo de trabalho da Operação Lava Jato nos próximos dois anos. A nova chefe do Ministério Público manteve dois nomes da equipe do seu antecessor, Rodrigo Janot: Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento Costa.

A confirmação dos procuradores da República que irão comandar a Lava Jato na Procuradoria Geral da República (PGR) foi publicada na edição desta terça (19) do "Diário Oficial da União".

Raquel Dodge trocou a maioria dos integrantes do grupo de trabalho da Lava Jato a pedido dos próprios procuradores, mas determinou que parte da equipe de Janot conduza um grupo de transição das informações, incluindo as sigilosas, pelo período de 30 dias.

A publicação no "Diário Oficial" oficializa, assim, os investigadores anunciados em agosto pela própria PGR para atuar em inquéritos de políticos que têm direito ao foro privilegiado.

Os seis novos integrantes escolhidos por Dodge para a Lava Jato são:


- Raquel Branquinho, supervisora
- José Alfredo de Paula Silva, novo coordenador do grupo
- Marcelo Ribeiro de Oliveira
- Hebert Reis Mesquita
- José Ricardo Teixeira Alves
- Luana Vargas Macedo


Entre os membros da nova equipe, Raquel Branquinho e José Alfredo tiveram atuações importantes no escândalo do mensalão. José Alfredo e Hebert Reis também atuaram na Operação Zelotes, em 2015.


Enquanto José Alfredo assume a coordenação do grupo, Branquinho acumula a função de secretária de Função Penal Originária no Supremo Tribunal Federal (STF), órgão a quem a equipe está subordinada.

Na portaria publicada nesta terça-feira, Raquel Dodge atribuiu a sua equipe cinco atividades principais: realizar oitivas e participar de outros atos de produção de prova necessários; participar de audiências judiciais; responder a expedientes ordinários; requisitar informações e documentos de interesse das investigações desenvolvidas pelo grupo de trabalho; participar de atos instrutórios objetivando a celebração de acordos de colaborações premiadas.


O grupo de transição será formado pelo agora ex-coordenador da Lava Jato na PGR Sérgio Bruno Cabral Fernandes e pelos investigadores Wilton Queiroz de Lima, Melina Castro Montoya Flores, Rodrigo Telles de Souza, e Fernando Alves de Oliveira Júnior.

Com os integrantes do grupo de transição, hoje existem 13 procuradores devidamente designadas para atuar nas investigações da Lava Jato em Brasília. Ao fim do prazo para a troca de informações entre as duas equipes, outros nomes podem ser efetivados na Lava Jato.

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