quarta-feira, 26 de abril de 2017

Não existe vida inteira*

Por Ronaldo Cunha Lima

Não existe vida inteira
pois a vida é composta de parcelas
que nós vivemos e, ao passar por elas,
supomos ada qual a derradeira.

Vivemos-la, no tempo, a sua maneira,
fazendo-as exclusivas e mais belas,
colhendo calmarias nas procelas
e em cada sonho a cena verdadeira.

A vida é parte de um maior projeto
das mãos de Deus, pontífice arquiteto 
do bem que existe para nossa glória.

A vida tem capítulos e fases.
Precisamos, apenas, se capazes
de unificá-los numa só história.


* Este soneto foi composto em homenagem ao paraibano José Nêumanne Pinto, autor de O Silêncio do Delator

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