Um grupo de personalidades do Partido
Democrata, incluindo os ex-secretários de Estado Madeleine Albright e John
Kerry, pediram nesta segunda-feira (6) a um tribunal de apelações que mantenha
a suspensão do decreto migratório do presidente Donald Trump.
Em
um texto submetido à Corte de Apelações do Nono Circuito, os democratas
argumentam que o decreto presidencial assinado em 27 de janeiro "foi mal
concebido, mal aplicado e mal explicado".
Na
sexta-feira (3), um juiz federal ordenou a
suspensão do decreto que
proibia por 90 dias a entrada nos Estados Unidos de cidadãos do Irã, Iraque,
Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, todos de maioria muçulmana.
As
medidas migratórias foram suspensas no sábado, mas nesse mesmo dia o
Departamento de Estado recorreu da suspensão.
No
dia seguinte, o tribunal rejeitou
novamente a aplicação do decreto à espera de mais informações dos estados de
Washington (noroeste) e Minnesota (norte), que entraram com a ação contra o
decreto de Trump.
Entre
as personalidades democratas que assinaram o texto, vários funcionários do
governo do ex-presidente Barack Obama, a ex-secretária de Segurança Interna
Susan Rice, o ex-secretário de Segurança Interna Janet Napolitano e o ex-chefe
da CIA Leon Panetta.
"Restabelecer
a ordem executiva causaria estragos na vida de inocentes e nos valores
americanos", acrescenta o texto.
Os
democratas avisaram que a ordem presidencial poderia pôr em perigo as tropas
americanas no exterior e interromper a cooperação de contraterrorismo,
promovendo a propaganda do grupo jihadista Estado Islâmico.
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