Após a ventania que destelhou Paróquia Militar Nossa Senhora do Sameiro, na Ponta Negra, e atingiu carros na tarde de ontem (24), moradores de condomínios adjacentes reclamam que estão há 15 horas sem energia elétrica. Eles afirmam que as telhas de ferro danificaram os fios e o atendimento da Distribuição Amazonas só aconteceu por volta das 11h de hoje (25).
A síndica de um dos condomínios prejudicados, localizado atrás do shopping Ponta Negra, Ana Paula Pinheiro, disse que os 544 apartamentos estão sem energia desde as 14h de ontem, o que causou prejuízos aos moradores. “Ficamos sem luz e sem água, pois a nosso fornecimento é através de bomba, além de ficarmos sem acesso de entrada ou saída do condomínio”, comentou. “Desde ontem tentamos resolver o problema, entramos em contato com o shopping para a retirada do material, porém, i centro de compras, o Exército e a Eletrobras jogaram a bola um para o outro”.
Além da interrupção do fornecimento de luz, os moradores também ficaram sem acesso de entrada e saída dos prédios. A síndica contou que o shopping disponibilizou uma saída para os condôminos. “Muitos moradores entraram em contato comigo para reclamar. Prejudicou tanto idosos, crianças e empresários, mas o que podemos dizer? Iremos conversar com nosso advogado para ver quem vai arcar com o nosso prejuízo”, disse. “O meu filho hoje não pôde ir a escola, pois não tinha nem como tomar banho ou descer do prédio”.
Quem também sentiu o prejuízo foi o morador e chef de cozinha Alexandre Birnard, 35. “Sou chef e comprei um produto importado, por R$ 4 mil, para um jantar que iria oferecer hoje, para 25 pessoas, porém, tudo estragou. Entenderíamos uma ou duas horas sem energia, mas foram 15 horas”, afirmou. “A gente paga a fatura e espera um serviço. Além disso, eu tenho uma loja virtual e tive prejuízo porque fiquei 15 horas sem contato com meus clientes”.
A equipe de reportagem entrou em contato com a Eletrobras e aguarda o posicionamento da empresa.
Retirada do material
Por volta das 8h desta quinta-feira, 60 militares do Exército, além do grupamento de engenharia, prestaram apoio para a retirada dos pedaços de alumínio que ainda estavam na pista, de acordo com o subchefe do Estado maior do Comando Militar da Amazônia, o coronel André Azevedo. “Como a paróquia tem um capelão, estamos prestando o apoio para a retirada dos materiais. Inicialmente, fizemos um levantamento com o grupamento de engenharia do Exército e a nossa intenção é reparar os danos e desobstruir a via o mais rápido possível”, informou.
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