A balança comercial intrarregional do Amazonas com os Estados da
Amazônia Legal chega ao deficit de R$ 2,94 bilhões, aponta o estudo
inédito da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ‘Programa
de Integração Intrarregional da Amazônia’. As saída comerciais do Estado
correspondem a pouco mais de 10% das entradas, na Região Amazônica.
De acordo com o estudo da Sudam, que será apresentado na 68ª Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre os dias
3 e 9 de julho, em Porto Seguro (BA), os Estados da Amazônia Legal que mais
vendem para o Amazonas são Maranhão, Mato Grosso e Pará, enquanto Rondônia,
Roraima e Pará considerados os maiores parceiros de compras do Estado.
O documento, elaborado em 2012, destaca as entradas e saídas realizadas
em 2010 com base no recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias da
Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM).
Enquanto que as compras somaram R$ 3,33 bilhões, naquele ano, as saídas,
que correspondem às vendas para outros Estados, não ultrapassaram R$ 388
milhões.
A posição deficitária na balança intrarregional é ainda mais forte
quando observada as trocas comerciais com o restante do País. Do lado das
compras de mercadorias, a relação de comércio regional é pouco acima de 10%,
contra 89% do restante do Brasil. No escoamento das mercadorias, 9,74% é
regional contra 90,26% do restante do Brasil.
O documento destaca ainda que, existência do polo industrial da Zona
Franca de Manaus (ZFM) não reflete no comércio da região, pois os Estados não
compram diretamente do Amazonas esses produtos da indústria incentivada.
“A principal atividade econômica do Amazonas está vinculada às
atividades primárias, que correspondem, em geral, a uma produção que agrega
pouco valor ao produto”, afirma o estudo. A extração vegetal, mineral e animal,
ou extrativismo, são as principais atividades econômicas praticadas no Estado.
De acordo com o estudo os segmentos mais dinâmicos, na Zona Franca, são
o eletroeletrônicos, informática e motocicletas (duas rodas). Os outros citados
são fitoterápicos, tecnologia de informação, construção naval e o
beneficiamento de alguns alimentos e minérios.
Da extração mineral são obtidos, principalmente, calcário e estanho. Na
extração vegetal existe a atividade madeireira, retirada de castanha-do-pará,
coletas de frutas regionais e borracha.
O destaque da extração animal é a pesca. Na agricultura são produzidos
em muitos municípios o arroz, banana, laranja e mandioca. O destaque atualmente
como fomentador da economia manauara é o turismo – especificamente o
ecoturismo, sendo o segmento que mais cresce no Estado.
De forma geral, a participação do Estado no Produto Interno Bruto (PIB)
nacional é de 2% sendo composto da seguinte ordem: agropecuário (3,6%),
indústria: (69,9%) e serviços (26,5%). Nas exportações, um dos principais
componentes da demanda agregada do Estado, os produtos com grande destaque são,
principalmente, telefones, eletroeletrônicos, extrato, motos e autopeças, entre
outros.
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