Dar para acreditar que os responsáveis pela tradução fraudulenta procederam assim à revelia de Levy?
Fernando Thompson (Foto: Reprodução)
Ricardo Noblat
Até a semana assada, era uma, eram duas, eram três e eram quatro as trapalhadas protagonizadas por Joaquim Levy, ministro da Fazenda, desde que assumira o cargo.
Todas elas tiveram a ver com frases ou palavras que fizeram a presidente Dilma Rousseff subir nas tamancas.
Acrescente-se mais uma trapalhada – a quinta, novinha em folha. Essa não pôs Levy em rota de colisão com Dilma, mas o fez perder seu assessor de imprensa, o jornalista Fernando Thompson.
Foi assim, conforme relato de O Globo:
“O Ministério da Fazenda publicou em seu site duas transcrições, em português e inglês, da palestra do titular da pasta, Joaquim Levy, no último dia 24, em São Paulo. As transcrições, porém, não são fiéis à declaração do ministro, que afirmou que ‘a maioria das empresas não gosta de pagar impostos no Brasil.’
Nos textos publicados no site do ministério, a palavra “companies”, usada pelo ministro em sua palestra original, em inglês, foi substituída por “people” e depois traduzida para “pessoas”, na versão em português preparada pelo ministério.”
Dá para acreditar que os responsáveis pela tradução fraudulenta procederam assim à revelia de Levy? Se procederam deveriam ter sido dispensados.
Thompson pediu demissão por ter se sentido usado. Ele assegurara a diversos jornalistas que o ministro não dissera que “a maioria das empresas não gosta de pagar impostos no Brasil”.
Acreditara na tradução fraudulenta.
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