quinta-feira, 27 de junho de 2019

"Eu tô carente" recebe Du Barranco e convidados

AGENDA CULTURAL

A Roda de Samba “Eu tô carente”, realiza mais uma edição da sua roda de samba e apresenta nesta quinta (27), a partir das 20h30, os músicos Deuzimar e Jean Carlos. Para relembrar os bons momentos e as canções que fazem sucesso, os artistas prometem deixar a noite bem animada.  
O projeto conduzido todas as quintas pelo músico Du Barranco e banda, destaca o samba e pagode promovendo uma homenagem aos principais ícones do gênero. Durante os intervalos, o DJ Vittor assume o comando da pista.
Du Barranco (foto divulgação)

O ingresso “pista” no dia da inauguração custa R$ 15, mas mulheres têm acesso liberado até às 23h e homens até às 21h30.  A roda de samba “Eu tô carente”, fica na Rua Luiz Antony, 4, atrás do Colégio Dom Bosco. Maiores informações: 99128-8274.  

domingo, 23 de junho de 2019

Artistas agitam o domingo na "Timboca"


Neste domingo (23), a partir das 17h, o grupo Samba da Timboca vai realiza mais uma edição da sua roda de samba, localizada na Rua Alexandre Amorim, 201, no bairro de Aparecida. A festa irá contar com shows de James Rios, Alípio Coimbra e Rosivaldo Menestrel. A entrada é liberada até às 18h30.
James Rios (foto divulgação)
O evento que ocorre todos os domingos tem o objetivo de reunir artistas do mundo do samba e dar destaque a esse gênero musical que faz parte da história de milhares de pessoas.  Segundo Ricardo Mattos, um dos organizadores, a ideia é reunir vozes e canções conhecidas que, de alguma maneira, fizeram parte da trajetória das pessoas.
No repertório, o trio promete embalar os convivas com clássicos do samba nacional como Fundo de Quintal, Jorge Aragão, Alcione, Clara Nunes, Revelação, Vou pro Sereno e além de pagodes que marcaram época na década de 90. Para a degustação do cardápio, a casa oferece um menu de petiscos como isca de carne e calabresa. Já a carta de bebida possui promoções cervejas e de caipirinhas com dose dupla. Maiores informações: 99128-8274. 

quarta-feira, 19 de junho de 2019

"Eu tõ carente" agita o feriado no Centro de Manaus

AGENDA CULTURAL
Após o sucesso da inauguração do novo point manauara, a roda de samba “Eu tô carente”, (Rua Luiz Antony, 4, atrás do Colégio Dom Bosco.), repete a “dose” e promove entrada liberada. Nesta quinta (20), a partir das 20h30, a casa apresenta o músico Du Barranco, os grupos Vem K Sambar, Prefixo 092 e DJ Bié.  
Du Barranco (foto:divulgação)
Para relembrar as tradicionais rodas de samba, o palco será montado no meio do salão. No repertório musical, “Tia Anastácia”, “O show tem que continuar”. Além disso canções como “Nada pra fazer” e “Vamos dançar separados” são alguns dos sucessos que irão embalar a noite.
Homens não pagam até 21h30 e mulheres até às 23h. Após esses horários, os ingressos passam a custar R$15. Além da música agradável, os amantes do samba e pagode poderão desfrutar de cerveja, caipirinha e sorteios de brindes durante as apresentações dos grupos.  Maiores informações: 99128-8274.  

"Ei, deixa eu te falar" promove "Uma noite em Parintins"

AGENDA CULTURAL
A roda de samba “Ei, deixa eu te falar” inova e promete agitar a noite desta sexta (21). É que a partir das 22h, a casa apresenta “Uma noite em Parintins”.  O evento contará com as presenças dos grupos de pagode Deuzimar e banda e Vem K Sambar (VKS) e as participações dos cantores de boi, Fabiano Neves e Felipe Junior.
Roda de Samba "Ei, deixa eu te falar" (foto divulgação)
Durante os intervalos, o funk carioca assume a pista sob os comandos dos DJs Bié e Rafa Militão. A roda de samba também oferece mais uma opção de alegria, diversão e realiza um sorteio de uma passagem para Parintins para os amantes do ritmo.  
Para quem não conhece, a roda de samba “Ei, deixa eu te falar”, fica na Avenida Epaminondas, no Atlético Rio Negro Clube, Centro. Mulheres têm entrada free até às 23h. O ingresso pista custa R$15, mas a casa também dispõe de open bar ao preço único de R$50.

terça-feira, 18 de junho de 2019

O efeito colateral da Lava Jato


Foi, por ironia, a cobrança da Caixa de dívidas de R$ 650 milhões relativas à construção do Itaquerão que desencadeou o pedido de recuperação judicial do grupo Odebrecht – até agora, maior vítima da Operação Lava Jato entre as empresas que adotaram a corrupção como modelo de negócio.
O estádio do Corinthians foi apenas uma das obras que envolveram o pagamento de propinas a políticos e campanhas, em especial do PT. Foi um negócio fechado pessoalmente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo patriarca Emílio Odebrecht e pelo então presidente do clube, o ex-deputado Andrés Sanchez.
A corrupção estava tão entranhada nos negócios do grupo que a Odebrecht criou até um departamento próprio para cuidar das propinas, conhecido internamente como Departamento de Operações Estruturadas. Chegava a pagar US$ 750 milhões de dólares anuais aos corruptos, por meio de dinheiro lavado das formas mais inusitadas.
Foi só quando a Lava Jato chegou à secretária encarregada de operar o “software de gestão” das proprinas que os donos da empresa decidiram, depois de quase dois anos de negativas, fechar um acordo de delação premiada. As mentiras de Marcelo Odebrecht são hoje parte do folclore da Lava Jato e da história do Brasil.
Sob o patrocínio dos governos petistas, a empresa exportou seu modelo de negócios baseado na corrupção para outros países e continentes. Subornou ditadores africanos e caudilhos latinos. Hoje enfrenta êmulos da Lava Jato no Peru, Colômbia, Equador e mundo afora.
Jamais conseguiu se impor pela competência no mercado internacional. Até tentou entrar em países conhecidos pelo rigor no trato dos investimentos públicos em infra-estrutura, como Alemanha e Estados Unidos. Não deu muito certo. Sem a propina, seus negócios de construção civil, plataformas de petróleo, meio ambiente e outras áreas simplesmente não funcionavam.
Uma exceção no grupo foi a petroquímica Braskem, sociedade formada com a própria Petrobras, que desencadeou uma das mais caninas batalhas societárias na história brasileira recente, encerrada apenas depois que a Lava Jato enfraqueceu a Odebrecht e permitiu à Petrobras impor seus termos.
Não que não houvesse tramoias na Braskem, mas elas eram feitas por meio da manipulação de preços – e o o negócio não dependia das propinas pagas a políticos e executivos da Petrobras. Em abril, a Braskem fechou enfim um acordo de leniência que impôs multas de R$ 2,8 bilhões, pagas à União e à Petrobras. Cumpridas as exigências da Justiça, a empresa voltou a ter perspectivas, mesmo combalida.
A Braskem é hoje responsável por quase 80% das receitas do grupo. É por isso que suas ações foram aceitas como garantia de empréstimos rolados pelos bancos nos últimos tempos. Ao todo, o grupo Odebrecht deve R$ 98,5 bilhões no mercado, dos quais R$ 14,5 bilhões contam com ações da Braskem como garantia.
Do resto, R$ 33 bilhões são devidos a empresas do próprio grupo, e R$ 51 bilhões estarão sujeitos ao acordo de recuperação judicial. O maior credor, com R$ 10 bilhões a receber, é o BNDES. Depois vêm Banco do Brasil (R$ 7,8 bilhões) e Caixa (R$ 5 bilhões, incluindo dívidas com o FI-FGTS). Ao contrário dos outros dois bancos públicos, a Caixa não tem ações da Braskem como garantia de nenhuma parcela da dívida.
Desde que a Lava Jato expôs a verdade sobre a Odebrecht, o grupo entrou numa crise sem paralelo para tentar salvar seus negócios. Vendeu R$ 7,2 bilhões em ativos, tirou o nome Odebrecht da marca das empresas, trocou executivos e presidentes, fez campanhas publicitárias, mas não conseguiu evitar o encolhimento.
O endividamento da empresa era de US$ 18 bilhões em 2008, antes da aceleração nos governos petistas. Em 2015, chegou a R$ 110 bilhões. Desde a Lava Jato, caiu para os atuais R$ 98,5 bilhões. Pouco diante do baque nas receitas, que encolheram de R$ 132 bilhões, em 2015, para cerca R$ 80 bilhões, no ano passado. O número de funcionários despencou, de 193 mil para os atuais 48 mil.
Só a construtora, outrora maior negócio do grupo, teve em 2018 prejuízo de R$ 1,7 bilhão, o triplo dos R$ 453 milhões registrados em 2017. Em um ano, as receitas caíram quase 40%, para pouco mais de R$ 1 bilhão.
A situação da Odebrecht é a maior evidência de um efeito colateral indesejado da Lava Jato: a devassa no setor de infra-estrutura e nas áreas da economia que dependem de investimentos pesados e longos prazos de maturação. São aquelas em que, para os empresários, a associação criminosa com o Estado sempre funcionou como garantia contra a expropriação e as intempéries inerentes à política.
A Lava Jato expôs as relações espúrias, levou boa parte dos envolvidos à cadeia, disseminou pelo país a sanha moralizadora e conduziu seu maior expoente ao ministério da Justiça. Até agora, porém, pouco – se algo – fez pelo amadurecimento institucional, nem para garantir ao empresário a tranquilidade de investir sem precisar entrar no jogo sujo da corrupção.
O investimento brasileiro em infra-estrutura ficou pouco abaixo de 1,9% do PIB em 2018 (R$ 127,5 bilhões), muito pouco diante da necessidade de pelo menos 4,2% (R$ 305 bilhões), de acordo com dados da consultoria Inter.B. O setor privado ainda responde por apenas 63% do total, enquanto o ideal seria perto de 90%.
O programa de concessões e privatizações dos últimos anos atraiu novas empresas. Houve leve crescimento em relação a 2017 e 2016, anos em que o país perdeu R$ 40 bilhões em investimentos. Mesmo assim, a previsão da Inter.B para este ano é de estagnação, pouco menos de R$ 130 bilhões em investimentos, ou 1,8% do PIB.
Para crescermos de modo robusto, será preciso atrair investimentos de 4% do PIB durante pelo menos duas décadas. Sem corrupção, claro, mas com garantias aos empresários. É um desafio que, infelizmente, os heróis da Lava Jato jamais se mostraram capazes de entender.

domingo, 16 de junho de 2019

Pretensão se despede de Manaus ao som da Timboca


AGENDA CULTURAL

Quem for à Roda de Samba da Timboca, neste domingo (16), a a partir das 17h, vai ter a oportunidade de ver a última apresentação do grupo carioca Pretensão. O evento também terá shows de Du Barranco e Cláudio Sargento. A abertura fica por conta do grupo Samba da Timboca.
Grupo Pretensão (foto divulgação)
Para celebrar sua passagem por Manaus, o grupo preparou um repertório pra lá de especial. Com muita batucada, o set list do grupo traz canções que fizeram sucessos nas vozes de Exaltasamba, Vou pro Sereno, Clareou, Revelação e muitos outros.
A casa está localizada na Rua Alexandre Amorim, 201, Aparecida e tem a portaria liberada até às 18h30. A partir deste horário, os ingressos passam a custar R$10, preço único. O passaporte “área VIP” custa R$15 e durante o evento há promoção de cervejas e caipirinha. Reservas e informações podem ser adquiridas através do telefone: 992259855. 

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Final de semana em dose dupla com VKS e convidados

Toda sexta-feira tem roda de samba “Ei, deixa eu te falar”, no Atlético Rio Negro Clube, Centro. A programação deste dia 14, a partir das 21h, terá as presenças com dos grupos Samba de Quintal e Vem K Sambar (VKS) e ainda os DJs Bié e Rafa Militão nos intervalos.

Grupo Vem K Sambar (foto divulgação
A roda de samba oferece para quem quiser comemorar o seu aniversário, ganha entrada free para 20 convidados até às 23h, têm mesas reservadas para ornamentação, ganham um bolo e um balde de cerveja. Basta agendar com antecedência.
Para quem quiser curtir o som do local, mulheres não pagam até às 23h e homens pagam R$ 15. A casa ainda oferece balde de com 10 cervejas Antártica por R$35 e open bar limitados para 40 pessoas ao preço de R$50.
Amor eu vou dormir
No sábado (15), a partir das 21h, é a vez da roda de samba “Amor Eu Vou Dormir” ferver.  A casa que está localizada na Rua Emílio Moreira, Praça 14, promove mais uma  noitada com dose dupla de boa música ao som de samba, pagode e muito funk. Os DJ Bié e Rafa Militão prometem agradar todos os públicos. 
Quem inicia a noite é o grupo Vem K Sambar trazendo samba de qualidade e os clássicos do gênero. Em seguida, os anfitriões do evento recebem o grupo carioca Pretensão que assume o comando e canta os sucessos que animam os pagodeiros. Como convidado especial, a casa ainda recebe o músico Du Barranco.
Grupo Pretensão (foto divulgação)
Mulher que gostam de gastar menos, basta chegar cedo. Até às 23h mulheres não pagam ingresso. Homens pagam apenas R$15. Os primeiros pagantes têm direito a um copo personalizado. A casa também dispõe de 100 ingressos open bar que dão direito à água, cerveja, vodka e refrigerante de 21h às 3h.  Maiores informações: 98407-1407.

Maia diz ser mais fácil reincluir estados na reforma da Previdência no plenário


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao blog nesta sexta-feira (14) acreditar que será mais fácil incluir novamente estados e municípios no texto da reforma da Previdência durante o debate no plenário da Casa.


Ele disse que vai trabalhar junto aos governadores para garantir esta articulação, mas defende que a reinclusão dos estados no texto só ocorra após garantia dos votos dos deputados de cada estado.
"Tenho acordo dos líderes para trazer os governadores para o texto, pode ser na comissão ainda, mas é mais fácil no plenário, por emendas", disse o presidente da Câmara.
Maia afirmou também que acredita na votação da reforma em plenário ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo ele, há ambiente para a votação, mas faltam os votos.
"Acho que precisa votar logo, que diferença faz votar na primeira quinzena de julho ou na de agosto? Se tiver voto, vota logo e vamos mudar de assunto, vamos para a reforma tributária", disse ele.
Nesta quinta-feira (13), o relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou, em comissão especial na Câmara, parecer sobre a proposta enviada ao Congresso pelo governo federal em fevereiro.
relatório de Samuel Moreira modifica alguns dos principais pontos da matéria. No parecer do relator, foram retirados alguns pontos, como mudanças na aposentadoria rural, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a criação do regime de capitalização. Além disso, ficaram de fora do relatório estados e municípios.


quinta-feira, 13 de junho de 2019

"Eu tô carente" inaugura nesta quinta e agita o centro da cidade


AGENDA CULTURAL

Unir nomes de peso do samba nacional à informalidade e descontração das tradicionais rodas de samba, bem no centro histórico de Manaus. Essa é a proposta da roda de samba “Eu tô carente”, que inaugura nesta quinta (13), a partir das 19h, sob o comando de Ricardo Mattos. O evento contará com as presenças com a atração nacional grupo Pretensão, Pagode a Bessa e Du Barranco. Durante os intervalos, DJ Bié, da FM o Dia, balança o público com os sucessos que agitam as Pick-Ups.  
Grupo Pretensão (foto divulgação)

O grupo que já é um sucesso no Rio de Janeiro, mostra em seu trabalho de um repertório que traz uma vasta gama de influências e, ainda que calcado no samba de partido alto, se apropria de referências de uma amplitude de gêneros, como o samba-rock, o pagode romântico e a MPB. No set list do show, além de músicas do grupo, terá canções dos mestres Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Jorge Aragão, Revelação, Fundo de Quintal e Vou pro Sereno.
O espaço busca reunir no centro de Manaus, a atmosfera do samba moderno e do contemporâneo. O ingresso “pista” no dia da inauguração custa R$ 20, mas mulheres têm acesso liberado até às 23h.   A roda de samba “Eu tô carente”, fica na Rua Luiz Antony, 4, atrás do Colégio Dom Bosco. Maiores informações: 99128-8274.

Em nova mensagem divulgada por site, Dallagnol diz que Fux apoiou Moro em 'queda de braço' com Teor


Três dias após divulgar trechos de mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e ao ministro Sérgio Moro, o site The Intercept divulgou nesta quarta-feira (12) em redes sociais um novo trecho. Segundo o site, em mensagem do dia 22 de abril de 2016, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, relatou a Moro que teve uma conversa naquele dia com o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na conversa, segundo o relato divulgado pelo site, Dallagnol diz que Fux declarou apoiou a Moro – que, à época, era o juiz responsável pelos processos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná – em uma "queda de braço" com o então ministro do Supremo Teori Zavascki, morto em janeiro de 2017 em um acidente aéreo. Na ocasião, Teori era o relator da Lava Jato no STF.
Em resposta a Dallagnol, Moro diz: "In Fux we trust" ("Confiamos em Fux", provavelmente em referência ao lema nacional dos Estados Unidos, "In God we trust").
Em uma rede social, o The Intercept afirmou que as supostas mensagens foram enviadas pelo coordenador da força-tarefa da Lava Jato a um grupo do qual faziam parte outros procuradores da República e posteriormente foram encaminhadas pelo próprio Dallagnol para o celular de Moro.
O diálogo divulgado é:
"Mensagem de 22 de abril de 2016
13:04:13 Deltan - Caros, conversei com o Fux mais uma vez hoje
13:04:13 Deltan - Reservado, é claro. O Min Fux disse quase espontaneamente que Teori fez queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me pra ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições
13:04:13 Deltan - Em especial no novo governo
13:06:55 Moro - Excelente. In Fux we trust
13:13:48 Deltan - Kkk"
Ao falar em novo governo, Deltan se refere ao fato de que a então presidente Dilma Rousseff poderia ser afastada do Palácio do Planalto por um processo de impeachment, o que acabou ocorrendo em 12 de maio.
Exatamente um mês antes do suposto diálogo, em 22 de março de 2016, Teori Zavascki havia determinado que Moro enviasse ao STF as investigações da Operação Lava Jato que envolviam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O então ministro do Supremo tomou a decisão depois que Moro autorizou a divulgação de conversas telefônicas interceptadas, por ordem judicial, entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, o governo federal apontou ao tribunal ilegalidade na divulgação das escutas feitas pela Polícia Federal envolvendo a presidente da República, que ainda tinha foro privilegiado no STF.
No mesmo despacho, Teori criticou a decisão do então juiz federal, afirmando que, na avaliação dele, eram relevantes os fundamentos que classificavam de ilegítima a decisão de Moro, na medida em que ele não tinha competência para tomar uma decisão envolvendo autoridades com prerrogativa de foro, como a presidente da República.
Uma semana depois, Sérgio Moro enviou ofício ao Supremo pedindo "respeitosas escusas" à Corte pelas consequências da retirada do sigilo das escutas telefônicas envolvendo Lula e autoridades, incluindo Dilma. No ofício, o então magistrado afirmou que a decisão foi tomada com base na Constituição e que os diálogos revelaram uma tentativa de obstruir a Justiça.
Esse ofício é a resposta que supostamente Fux elogiou na conversa com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato.

Fux, Moro e MPF

Procuradas, as assessorias de Fux, Moro e do Ministério Público Federal disseram que não comentariam o caso.
No último domingo (9), o site The Intercept divulgou trechos de mensagens atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e a Moro extraídas do aplicativo Telegram.
Os alvos dessas conversas denunciaram recentemente que tiveram seus celulares hackeados ilegalmente, o que é crime.
O Intercept, no entanto, disse que obteve os diálogos antes dessa invasão. Segundo o site, as informações foram obtidas de uma fonte anônima. O site diz que procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, trocaram mensagens com Moro sobre alguns assuntos investigados.
De acordo com o The Intercept, o então juiz federal orientou ações e cobrou novas operações dos procuradores. Em um dos diálogos, Moro pergunta a Dallagnol, segundo o site: "Não é muito tempo sem operação?". O chefe da força-tarefa concorda: "É, sim".
Em uma outra conversa, o site diz que é Dallagnol que pede a Moro para decidir rapidamente sobre um pedido de prisão: "Seria possível apreciar hoje?". E Moro responde: "Não creio que conseguiria ver hoje. Mas pensem bem se é uma boa ideia".
Nove minutos depois, Moro, segundo o Intercept, adverte a Dallagnol: "Teriam que ser fatos graves".
O site também disse que os procuradores da Lava Jato, em conversas no Telegram, trocaram mensagens expressando indignação quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a dar uma entrevista à "Folha de S.Paulo".
Isso demonstraria, segundo o Intercept, um viés partidário nas ações contra o ex-presidente Lula, cuja eleição, diz o site, os procuradores queriam evitar.