Por Ronaldo Cunha Lima
tomei-me de remorso e de espanto,
nos olhos da minha mãe, em cada canto,
uma lágrima triste percebi.
A dor que ela sentiu, também senti,
jamais assim, a ofendi tanto,
recolhida, silente, ao desencanto,
o pranto dos seus olhos ainda vi.
Falou mais alto o arrependimento,
procurando por fim ao meu tormento,
convoquei ali mesmo o coração,
exercitando os seus conselhos sábios,
eu coloquei o coração nos lábios
e em tom de prece lhe pedi perdão.
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