G1 Brasília
O G1 procurou o Instituto Lula e a assessoria do senador Collor para obter respostas sobre a denúncia, mas ainda não havia conseguido contato até a última atualização desta reportagem.
O procurador afirma ainda que o ex-ministro do governo Collor Paulo Leoni Ramos era o agente do senador nos negócio relativos à BR Distribuidora. Janot afirma que Collor e Leoni usaram a subsidiária para cobrar propinas e ocultar pagamentos ilegais.
"Em nome de Fernando Affonso Collor de Mello, Pedro Paulo Bergamschi de Leoni Ramos realizou os principais contatos na sociedade de economia mista, operacionalizou negócios em favor de empresas privadas, cobrou vantagens indevidas e adotou estratégias de intermediação e ocultação da origem e do destino da propina relacionada a tais contratos", continuou o procurador na denúncia enviada ao STF.
Segundo Janot, Pedro Leoni Ramos é o "principal operador" do esquema na BR Distribuidora. Janot escreve ainda que o ex-ministro é amigo pessoal de Collor e repassava propina ao senador.
"Ele [Leoni] era o responsável por articular todos os núcleos da organização criminosa implantada na sociedade de economia rnista, promovendo os contatos e acertos entre os diretores e funcionários de alto escalão da BR Distribuidora de um lado, e as empresas contratadas e os empresários beneficiados, de outro, bem como planejando e realizando o recebimento direto da propina e o seu posterior repasse ao senador Fernando Collor de Mello, do PTB, e também a outros parlamentares, especialmente ao deputado federal
Vander Luis dos Santos Loubet, do PT", disse o procurador-geral.
Vander Luis dos Santos Loubet, do PT", disse o procurador-geral.
O poder de Collor sob a BR Distribuidora foi citado também no depoimento de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No depoimento, que veio à tona nos últimos dias. Cerveró afirmou que Lula concedeu espaço para que o senador Fernando Collor pudesse ter influência para indicar diretores da BR Distribuidora.
PT
O procurador ressalta que Leoni Ramos repassava "vantagens indevidas" para o PT, em especial para Loubet. Também diz que o partido, na época do governo Lula, procurou, "por meio da chefia do Executivo Federal e da bancada no Congresso" ocupar parcelas da BR Distribuidora.
O procurador ressalta que Leoni Ramos repassava "vantagens indevidas" para o PT, em especial para Loubet. Também diz que o partido, na época do governo Lula, procurou, "por meio da chefia do Executivo Federal e da bancada no Congresso" ocupar parcelas da BR Distribuidora.
"No ano de 2009, quando parte da BR Distribuidora foi entregue ao senador Fernando Collor de Mello, do PTB, a Presidência da República era ocupada por Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Por isso, o PT, por meio da chefia do executivo federal, juntamente com sua bancada no Congresso Nacional, procurou reservar para si parcela da sociedade de economia mista em questão, mantendo-a em sua esfera de influência", afirmou Janot ao STF.
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