quarta-feira, 3 de outubro de 2018

STF prorroga investigação sobre Gilberto Kassab

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a prorrogação por mais 45 dias de um inquérito que investiga o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), por corrupção passiva, caixa 2 e lavagem de dinheiro.
O ministro disse ao G1 que "aguarda com serenidade os argumentos utilizados pelo Ministério Público para demonstrar a legalidade de todos os atos de sua gestão".
A decisão dessa terça-feira (2) é assinada pelo desembargador Cesar Mecchi Morales, juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação.
Ele atendeu parcialmente a um pedido da Polícia Federal (PF), que queria mais 60 dias para finalizar as investigações.
“Verifica-se que grande parte das diligências requeridas e autorizadas foram devidamente concluídas, sendo pertinente a continuidade das investigações. Defiro nova prorrogação de prazo por mais 45 (quarenta e cinco) dias para cumprimento das diligências apontadas ”, diz o documento.

O caso

inquérito apura o suposto pagamento do grupo J&F ao ministro por meio de contratos com as empresas Yape Transportes e Yape Consultoria, ligadas ao político. A investigação mira ainda repasses feitos pelo mesmo grupo a Kassab referentes à uma suposta compra do apoio político do PSD pelo PT.
As investigações foram abertas com base na delação de premiada de Wesley Batista e Ricardo Saud, executivos do Grupo.
Na colaboração, Wesley contou que quando era prefeito de São Paulo, em 2009, Kassab recebia R$ 350 mil de propina por mês num aluguel de caminhões. Segundo o delator, durante seis anos foram pagos cerca de R$ 20 milhões.
Saud, por sua vez, disse que Kassab teria vendido apoio político do PSD à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff à reeleição em 2014.
Os pagamentos teriam sido efetuados pelo grupo J&F, por meio de doações oficiais.
Quando os casos vieram à tona, em maio do ano passado, Kassab disse que nunca recebeu recursos pessoais, que não houve negociação do partido e que as doações recebidas foram registradas na Justiça Eleitoral.

Fonte: G1

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