segunda-feira, 29 de maio de 2017

As lágrimas que chorei nos meus desertos

Por Ronaldo Cunha Lima

As lágrimas que chorei nos meus desertos
nem pareciam vindas do meu pranto.
Um pranto de orvalho já libertos,
excluídos dos idos de meu canto.

Elegias e credos sempre incertos,
que, decerto, tramaram o acalanto,
feito encanto de paz e à paz insertos
nos momentos vividos de amor tanto.

As dores do meu pranto, nem sei onde
protegê-los da lágrima que ronde
sentimentos que trago descobertos,

para que não se aposse e mais não sonde
o meu querer, que de minh'alma esconde
as lágrimas que chorei nos meus desertos.

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