terça-feira, 28 de junho de 2016

Vorax tem três foragidos há 1 ano

Nesta quarta-feira (29), completam um ano de foragidos três dos cinco condenados no processo gerado pela operação Vorax, que tiveram prisão preventiva decretada no dia 29 de junho do ano passado.
Entre os procurados está Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, irmão do ex-prefeito de Coari Adail do Amaral Pinheiro. que é considerado o número um na lista dos dez mais procurados pela Interpol no Brasil. Os três foram condenados por comandar esquema de corrupção, fraudes em licitações e desvios de recursos públicos na Prefeitura de Coari, no valor de, aproximadamente, R$ 85 milhões.
Além de Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, que no último dia 20 foi apontado pela Polícia Federal (PF) como o mais procurado pela Interpol no Brasil, continuam foragidos o ex-secretário de Administração de Coari Adriano Teixeira Salan e o empresário Haroldo Portela de Azevedo, segundo consulta do presencial do processo nº 12689-03.2010.4.01.3200, na Justiça Federal no Amazonas, realizada nesta segunda-feira (27).
No dia 29 de junho de 2015, o juiz Marllon Souza, da 2ª Vara Federal, sessão judiciária do Amazonas, condenou 20 pessoas envolvidas no esquema de corrupção desarticulado em 2008, através da operação Vorax, realizada pela PF. Cinco delas tiveram a prisão preventiva decretada e não poderão recorrer em liberdade. As outras 15 responderão em liberdade.
Os outros dois que tiveram a prisão preventiva decretada estão presos. O engenheiro Paulo Sérgio Chagas se entregou à PF e, desde o dia 15 de julho do ano passado, está no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). No mês passado, o ex-secretário de Obras da Prefeitura de Coari Paulo Emílio Bonilla Lemos teve o seu mandado de prisão cumprido na cidade de Pelotas (RS), pela PF, segundo documento anexado no processo, no dia 23 de maio.  
Os demais que estão foragidos continuam sendo procurados pela PF e pela Interpol. Mesmo estando foragidos, todos os cinco que tiveram a prisão preventiva decretada continuam recorrendo da decisão. Dois pedidos já foram negados neste ano, e agora, eles já ingressaram com o terceiro pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Condenações
Os cinco réus condenados na operação Vorax, que tiveram a prisão preventiva decretada, receberam as maiores penas. Carlos Eduardo Amaral Pinheiro foi condenado a cumprir 41 anos e quatro meses de prisão, em regime inicialmente fechado, e deverá pagar, ainda, 1.088 dias-multa (cada dia multa equivalente a um quarto do salário-mínimo à época dos crimes) e multa de R$ 323,7 mil. Ele é apontado como um dos principais articuladores e, ao mesmo tempo, beneficiário do esquema criminoso instalado em Coari.

O empresário Haroldo Portela de Azevedo foi condenado a 32 anos e oito meses de prisão, em regime inicialmente fechado, e ao pagamento de 505 dias-multa somados à multa de R$ 279.597,62.
Já Adriano Salan, ex-secretário municipal, deverá cumprir 16 anos e um mês de prisão, inicialmente em regime fechado, e terá de pagar 185 dias-multa. Os três, segundo a Justiça, são considerados “autores intelectuais dos diversos crimes engendrados pelo grupo”.
O ex-secretário de Obras Paulo Emilio Bonilla Lemos e o engenheiro que prestava serviços para o órgão Paulo Sério Chagas Moreira, que coordenavam o que a sentença chamou de “indústria de falsificações”, foram condenados a 29 anos e dez meses e 39 anos e três meses de prisão, respectivamente, ambos em regime fechado.

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