segunda-feira, 11 de abril de 2016

Amazonas registra primeira morte causada pelo vírus H1N1 neste ano


Fundação de Vigilância em Saúde diz que vítima foi infectada no RJ.
Médico alerta para risco de novos casos e cita importância da vacinação.

Adneison SeverianoDo G1 AM

Vacinação pode evitar surto do H1N1 no
Amazonas  (Foto: Reprodução / TV TEM)
O Amazonas registrou a primeira morte causada pelo vírus H1N1 neste ano. Uma mulher morreu nesta semana em Manausapós ser infectada pelo vírus da gripe influenza no Rio de Janeiro, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). De acordo com a FVS, esse é o segundo caso registrado da doença no estado neste ano e há risco de novas ocorrências. A campanha de vacinação começa no dia 30 de abril.
No início de março, o primeiro caso de H1N1 em Manaus foi confirmado com exames em laboratório. O segundo caso, que evoluiu para óbito, foi registrado depois que uma mulher passou a apresentar os sintomas da doença ao retornar do Rio de Janeiro. A mulher não teve idade e identidade reveladas.
O diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, disse que o quadro da paciente era grave, mas ele confirmou que ela foi infectada pelo vírus H1N1 no Rio de Janeiro.
a semana passada tivemos o registro de outro caso de H1N1, mas esse realmente foi um caso importado do Rio de Janeiro. A paciente já chegou do Rio aqui sintomática. Esse caso foi procedente do Rio de Janeiro. Era um caso grave e a mulher foi internada, mas a paciente veio a óbito no início da semana", informou Albuquerque.  
A FVS divulgou que há risco de surto de H1N1 em Manaus a partir da importação de casos da doença dos estados do Sudeste do Brasil. Entretanto, o trabalho de imunização da população do grupo de risco deve reduzir a possibilidade de surto da doença.
"Pela situação que vivenciamos na capital e proximidade da distribuição da vacina, isso possivelmente não irá acontecer, mas temos que trabalhar nessa questão da prevenção. Possivelmente teremos ocorrências de outros casos já que o Sudeste está em situação de surto epidêmico. Há esse risco sim", avaliou diretor-presidente da FVS. 
Monitoramento
Em março, a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (Susam) alertou as unidades da Rede de Urgência para que reforçassem as medidas de monitoramento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. A iniciativa tem como objetivo diagnosticar precocemente eventuais casos de H1N1.
"Todos os casos de doença respiratória aguada grave são coletados materiais e verificados se realmente os pacientes têm H1N1 ou outro vírus que também podem gerar quadros graves. Há esses monitoramentos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da capital", afirmou Bernardino Albuquerque.
A FVS orientou que as pessoas que estiverem gripadas com situação de falta de ar e dor torácica devem procurar atendimento médico para passar por avaliação no serviço de saúde.
"Porque existe uma medicação chamada Tamiflu, que está disponível. Essas pessoas precisam ser avaliadas pelo médico para poder prescrever ou não essa medicação antiviral", disse. 
Imunização
A campanha de vacinação contra H1N1 é a principal medida adotada pelo Ministério da Saúde para prevenir ocorrência de casos da doença. No Amazonas, a aplicação da vacina começa no dia 30 de abril em Manaus e nos demais 61 municípios do interior do estado. Serão priorizados os grupos considerados vulneráveis, que incluem crianças menores de cinco anos, indígenas, detentos do sistema prisional, idosos, pessoas com doenças graves, gestantes e profissionais da área da saúde. Mais de 1 milhão de doses da vacina serão distribuídas no estado.
"Inicialmente essas doses são direcionadas aos pacientes de risco. O grande efeito da vacina é impedir que o paciente tenha complicações e vá à óbito. O paciente vacinado tem uma chance muito pequena de quadros graves", enfatizou o diretor-presidente da FV

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