quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Eduardo Cunha, à sombra da guilhotina

Dificilmente, porém, o PT o socorrerá com votos suficientes para que seja absolvido e preserve o mandato de deputado


Ricardo Noblat
Como havia prometido, o PSDB anunciou, ontem, que doravante largará a companhia de Eduardo Cunha.
A verdade: largará porque ele negociou com o governo e não abrirá o processo de impeachment de Dilma. Pelo menos nem tão cedo.
A mentira: largará porque não se convenceu da defesa de Eduardo no caso do processo que responde por quebra de decoro.
Isso, por fim só, não seria suficiente para que o PSDB abandonasse Eduardo.
Ele insiste em negar que tenha tido contas bancárias fora do país. A Suíça confirmou que ele teve, sim.
A Procuradoria Geral da República denunciou Eduardo por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A sorte de Eduardo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados dependerá do PT.
Dificilmente, porém, o PT o socorrerá com votos suficientes para que seja absolvido e preserve o mandato de deputado.
A proceder assim, o PT assinaria seu atestado de óbito. E por mais que respire por meio de aparelhos, o PT ainda respira.
O voto no Conselho de Ética é aberto. Quer dizer: cada um dos 21 membros do Conselho revelará ser voto publicamente.
Quem quer cair em desgraça junto aos eleitores votando em favor de Eduardo?
Ele perderá de lavagem.
Guilhotina (Foto: Arquivo Google)

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