quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Comitê de Ética da Fifa suspende Blatter, Platini e Valcke por 90 dias

Por Zurique

O processo de combate à corrupção no futebol mundial teve um novo marco nesta quinta-feira. O Comitê de Ética da Fifa anunciou na manhã desta quinta-feira a suspensão de Joseph Blatter, presidente da Fifa, Michel Platini, presidente da Uefa, e Jérôme Valcke, ex-secretário-geral da entidade mundial. Os homens-fortes do futebol mundial terão que ficar afastados de suas funções por um período de 90 dias, que pode ser estendido por mais 45.
Joseph Blatter, Michel Platini e Jerome Valcke Congresso na Fifa - AP (Foto: AP)
Blatter, Platini e Valcke: homens-fortes do
 futebol mundial estão suspensos (Foto: AP)

A decisão do Comitê de Ética atinge diretamente o atual mandatário do futebol mundial e o favorito a ser seu sucessor. Enquanto Blatter já se via envolvido em suspeitas desde que a crise na Fifa estourou em maio, com a prisão de sete dirigentes, Platini vinha se dizendo o homem certo para conduzir a entidade a uma nova fase, longe da corrupção, trabalhando de olho na eleição marcada para 26 de fevereiro.
O comitê - que possui independência dentro da Fifa e é comandado pelo advogado Hans Joachim Eckert - afirmou que a decisão foi tomada por conta das investigações que vem conduzindo diante das acusações de corrupção envolvendo Blatter, Platini e Valcke. Além do trio, o ex-vice-presidente da entidade Chung Mong-Joon foi banido por seis anos e multado em 100 mil francos suíços (R$ 401 mil) por má conduta no processo de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022.
Contudo, o francês foi surpreendido com um interrogatório na sede da Fifa na última sexta-feira, após uma reunião do Comitê Executivo - tudo por conta de um pagamento de 2 milhões de francos suíços (R$ 10 milhões) recebido por Platini em 2011. O presidente da Uefa se defendeu, alegando que tratava-se dos vencimentos por um "trabalho feito entre janeiro de 1999 e junho de 2002".
No mesmo dia, veio à tona uma investigação criminal aberta pela Procuradoria-Geral da Suíça contra Blatter, por suspeita de apropriação indébita de má gestão. Apesar disso, o presidente afirmou que não deixaria o cargo na Fifa antes da eleição de fevereiro e ainda enviou uma carta às federações internacionais saindo em defesa de Platini, dizendo que o pagamento feito foi totalmente legal.

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