segunda-feira, 21 de outubro de 2013

POLÍTICOS CASSADOS DO DF POR CORRUPÇÃO PLANEJAM VOLTAR

Reportagem de Débora Alves e João Domingos, publicada no jornal O Estado de S.Paulo
A volta dos que não foram
Dois ex-governadores e um ex-senador da capital do país famosos por frequentar o noticiário policial nas últimas décadas por suspeita de envolvimento em desvio de recursos públicos, pretendem retomar a carreira política.
Joaquim Roriz e Luiz Estevão filiaram-se ao PRTB que, em 2006, elegeu o ex-presidente Fernando Collor senador por Alagoas (hoje ele está no PTB). O ex-governador José Roberto Arruda filiou-se ao PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto (SP).
Roriz pretende ser candidato a governador, cargo que ocupou por 15 anos, em quatro mandatos – o primeiro nomeado pelo então presidente José Sarney (PMDB-AP) e os outros três conquistados nas urnas. Em 2007, seis meses depois de ter tomado posse, ele renunciou ao mandato de senador para fugir de um processo de cassação.

Os ex-governadores do DF Joaquim Roriz e José Roberto Arruda e o ex-senador Luiz Estêvão. 
Fotos: Ailton de Freitas / Agência Senado

Foi levado ao Conselho de Ética sob acusação de quebra de decoro após a divulgação de conversas telefônicas que, segundo a polícia, envolviam a partilha de R$ 2,2 milhões em espécie numa garagem de uma empresa de transporte coletivo urbano.
Arruda quer se candidatar a deputado federal. Em 2009, então governador, ele se viu envolvido em um dos maiores escândalos de Brasília – investigado na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal -, também conhecido por mensalão do DEM. Acabou preso e obrigado a renunciar após aparecer em um vídeo recebendo R$ 50 mil do ex-delegado Durval Barbosa.
A tentativa de ingressar na Câmara dos Deputados é a mesma tática que Arruda usou após renunciar ao mandato de senador, em 2001, por envolvimento na quebra de sigilo da votação da sessão secreta que cassou o mandato do então senador Luiz Estêvão. Mesmo na condição de processado pelo Superior Tribunal de Justiça depois do escândalo, em 2002, Arruda teve votos suficientes para se eleger e voltar ao Congresso.

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