sexta-feira, 3 de agosto de 2012

GURGEL FALTOU OU NÃO COM O SEU DEVER?


Por Ricardo Noblat
Foto: Ricardo Noblat

Prevaricar quer dizer faltar aos deveres do seu cargo. Ou proceder mal. Ou incorrer em falta.
Roberto Gurgel, Procurador Geral da República, poderia ter arguido a suspeição de Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, para evitar que ele participasse do julgamento do mensalão.
Dias Toffoli foi advogado do PT, assessor do ex-ministro José Dirceu e Advogado Geral da União nomeado por Lula. Em 2006, depois de os réus do mensalão terem sido denunciados, ele escreveu em petição à Justiça Eleitoral que o mensalão não fôra comprovado.
Gurgel poderia também não ter arguido a suspeição de Toffoli por não ver motivo para fazê-lo.
O que ele não poderia era dizer, como disse ontem a um grupo de jornalistas:
- Se tivesse pedido o afastamento dele atrasaria o julgamento.
Quer dizer: o que pesou para evitar o que muitos esperavam de Gurgel foi a preocupação dele em não atrasar o julgamento.
Para não atrasar, Gurgel concorda com a participação de um ministro que ele indiretamente admite considerar suspeito.
Prevaricou!

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