quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

DESASTRE AÉREA NA ARGENTINA MATA 49 E FERE 675

Estadão.com.br

No maior acidente ferroviário de Buenos Aires em 60 anos, um trem da linha Sarmiento colidiu contra a barreira do fim dos trilhos da estação de Once e descarrilou, causando 49 mortes e deixando 675 feridos.
A velha locomotiva que puxava uma dezena de vagões Toshiba dos anos 60 transformou-se numa massa amorfa de metal. Voluntários, bombeiros e policiais tentavam, horas depois do acidente, remover passageiros do meio das ferragens. Dramáticos pedidos de socorro podiam ser ouvidos em toda a estação.
A maior parte das mortes ocorreu no primeiro e no segundo vagão - que, segundo depoimentos, "entrou" seis metros no primeiro vagão. Um dos mortos era uma criança.
O porta-voz da Polícia Federal argentina, Fernando Sostre, disse ao Estado que mais de 600 pessoas ficaram feridas e 40 estavam em estado grave no final da tarde de ontem.
No meio da tarde, horas depois do acidente, a polícia continuava removendo corpos e colocando-os em bolsas de plástico preto. Centenas de curiosos acotovelavam-se atrás do cordão de isolamento e, a cada passagem de um corpo, faziam silêncio. Alguns curiosos aproveitavam para fazer fotos com celulares.
Segundo o secretário de Transportes, Juan Pablo Schiavi, "o trem estava freando, mas não sabemos o que ocorreu nos últimos 40 metros". "O maquinista (que sobreviveu) tem impecável histórico de trabalho e estava descansado. A máquina entrou na estação a 26 quilômetros por hora (embora algumas outras fontes tivessem estimado a velocidade de 45 km/h)."
O secretário - que se recusou a falar com jornalistas - pôs a culpa da gravidade do acidente "no costume que os argentinos têm de viajar nos dois primeiros vagões, para poder descer rápido quando o trem chega na estação".
A ex-candidata presidencial e deputada Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, de oposição, criticou o governo: "Esta tragédia é o resultado da corrupção dos ministros da presidente Cristina Kirchner que protegem empresários inescrupulosos. E, além disso, é culpa dos juízes, que não investigam esses delitos. Esses grupos destruíram o sistema ferroviário argentino".

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