segunda-feira, 19 de setembro de 2011

QUEM NÃO ENTRA NA DANÇA, DANÇA!

Liége Farias é cronista literária
Estou irreconhecível. Bem mais maleável, mais calma, interagindo melhor com as pessoas que me cercam, procurando entender melhor o comportamento dos humanos...Estamos neste planetinha azul e lutamos com furor para permanecermos mais tempo por aqui. Grande verdade!Quem conhece A Palavra de Deus conclui que Ele quer que nós sejamos felizes por aqui. Tem gente que acha que só vai ser feliz com milhões de dólares. Eu, com certeza piraria com essa montanha de dinheiro. Qualquer um pira!
Ando fazendo coisas que até eu me admiro. Há três anos assisto ao Big Brother, virei internauta, como peixe cru, assisti ao seriado Lost, Heroes, até acho boazinha as
músicas da Lady Gaga e passei dez dias na Disney. Adorei.
Pensei estar com o coração fechado para novas amizades. Meu coração com seu jeitão enganador me deu uma rasteira: arranjei uma nova amiga.Eu achava com uma convicção absurda, que meu círculo de amigos já estava fechado.Se for contar nos dedos, tenho no máximo cinco amigos do peito. Bateu com a pesquisa da revista Super Interessante de fev/2011, segundo ela as pessoas só consideram seus amigos de verdade apenas cinco.
Sou uma pessoa simples, o brasileiro não tem o direito de ser esnobe, nossa Língua Portuguesa tem sua origem no Latim Vulgar, falado pelos soldados romanos.Mas existe muita gente esnobe por aí. Esquece que veio do pó e vai para o pó. Sacou quem não é nem um pouquinho humilde?
E é cada novidade, o Prefeito Amazonino perdendo a compostura mandando a mulher morrer. Lastimável!Lembro de Nietzsche: "Todos querem aproximar-se do trono:é a sua loucura-como se a felicidade estivesse no trono! Frequentemente é o lodo que está no trono e frequentemente também o trono está no lodo."
Lya Luft -Veja 03/2011 -diz que cansou de falar em educação brasileira, é indignada com o fato de não se reprovar mais ninguém, é alarmante o número de alunos q/ entram na universidade sem saber escrever, coordenar pensamento, ler e entender.Não todos. Não sempre, mas cada vez com mais frequência. É triste demais, falta leitura.
Não esquecendo que Pessoa disse que o poeta é um fingidor,continuando minha vida de metamorfose ambulante, ontem fui ver o filme nacional Bruna Surfistinha, sobre a vida cruel de uma garota de programa vinda da classe média. Esse é o diferencial.Veio da classe média. Realista, forte, mostrando o lado animalesco masculino com relação ao sexo pago. O homem paga e vira um bicho em fúria exigindo as formas mais sádicas que o sexo pode oferecer.Nesse ambiente turbulento não podia faltar álcool e muita droga. Enfim, a vida de mulher fácil é prá lá de difícil. Eu só lembro de uma aluna que frequentava a Biblioteca na qual trabalhei, que deixou a escola para cair na prostituição e o ponto dela era na rua Paraíba. Alguns alunos me contaram. Marcela tinha uma vida conturbada, era doidona, só vivia na diretoria, gostava muito de mim e era apaixonada por poesia.E escrevia poesia.Me emocionava. Misturava Hino Nacional com poesia, mas continuava a fazer versos.Um dia,não suportando as dores da vida largou a escola e foi vender o corpo na rua. Será que ainda gosta de poesia?Duvido muito. Mas, quem sabe?

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