sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ERA INEVITÁVEL

Volto a escrever neste Blog, após três semanas de acompanhamento da luta de minha netinha Julia pela vida e pela saúde. Felizmente, saiu do hospital sem sequelas, pronta para viver a inteireza e a alegria. Agradeço aos médicos que, correta e dedicadamente, dela trataram em Manaus e, logo a seguir, em São Paulo.
Agradeço a proteção divina que cercou Julinha o tempo inteiro e o faço porque sou pessoa de fé inabalável em Deus. Meu filho e minha nora estão felicíssimos e jamais nossa família esteve tão unida. A doçura de Julia nos une a todos.
Quando este artigo estiver sendo lido, certamente o deputado Pedro Novais não mais será o ministro brasileiro do Turismo. Perdeu a credibilidade antes de ser nomeado. Não deveria ter sido nomeado, alias.
Ministro fraco, debilitado por denúncias e escândalos, não serve à República. Dilma erra no método, entregando aos partidos, livremente, o direito de escolher seus auxiliares de primeiro escalão. Mais adequado seria ela escolher, dentro de cada partido aliado, os nomes que julgasse ilibados e competentes para a atuação no Executivo.
Abrindo mão de poder, perderá paulatinamente crédito e densidade. E estará ratificando a forma lulista de “governar”: fisiologia máxima e programa mínimo.
Novais é exemplo claro disso. O mal teria de ter sido cortado pela raiz, mas como seu patrono é o poderoso presidente do Senado, José Sarney, Dilma Rousseff preferiu fazer cara de paisagem e deixar o desastre, que era indício, virar desastre mesmo.
Com Novais, já são cinco os ministros, em apenas oito meses de governo, que Dilma foi obrigada a trocar e falta cair mais gente ainda, todo mundo sabe disso. O método dilmista é que é estranho: sabe que tem de fazer, não faz e, forçada pelas circunstâncias, termina fazendo.
Nem mais a palavra “faxina” pode pronunciar. Foi proibida pelos aliados de aventura no poder. Não me espanto se, aos poucos, ainda tiver de se desculpar publicamente com cada “demitido”.
Faça uma reforma ministerial digna, presidente! Privilegie o mérito. Dê rumo ao seu governo.
O país agradeceria por isso!

Arthur Virgílio é diplomata

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